sexta-feira, 27 de abril de 2012

Liberdade, ainda que tardia



Há poucos dias comemoramos o herói maior, Tiradentes. Parei para refletir no sentido mais profundo de liberdade sonhada pelo grande brasileiro. Liberdade interior, como ser humano... liberdade de se reconhecer como humano e de se relacionar consigo mesmo como humano.
Liberdade pela dignidade, pelo brio, pelo amor-próprio, pela honra, pela limpeza, pela luz...
Liberdade pela opção de romper com a dominação do imoral. De  romper com a rapinagem do bom, de belo e do bem.
Liberdade que nasce no interior para expressar-se, em seguida, no exterior.
Tiradentes veio, neste ano, para mim, como o anjo para Abraão, para Jacó...
Despertou-me para verdades que jaziam embaçadas para meu espírito.
Sua grande coragem, na luta pela liberdade, serviu-me de inspiração para minha apagada coragem contra a tirania, contra a ditadura da incensatez, contra a imposição do mal, contra a hipnose daquilo que é desprezível.
Envergonhado, com minha covardia, no dia do grande herói da coragem, percebi que, para aquele era necessário um grande gesto - o de dar a própria vida, para manter o ideal de liberdade. Quanto a mim era apenas suficiente um pequeno gesto - o de tomar decisões simples e acertadas para poder olhar-me no espelho com respeito.
Alguns amigos sabem do que falo.
E, esses, comemoram. E muito.
Boa noite a todos.
Com liberdade, claro - e uma dose de red label com bastante gelo.

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